As asas surgiram nos dinossauros para aquece-los e não para voo -Faz sentido?
O novo estudo foi realizado em conjunto pelas Universidades de Bristol, Yale e Calgary e publicado no jornal Current Biology.
Os objetos de estudo da pesquisa foram duas espécies pré-históricas diferentes: o dinossauro Anchiornis huxleyi e a ave jurássica Archaeopteryx lithographica, com 155 milhões de anos de idade. Ambas as espécies combinaram características de dinossauros e aves e permitiam uma investigação de suas penas. As asas investigadas eram bem diferentes das encontradas em aves modernas. Cada pena, individualmente falando, era fraca, devido a eixos delgados. Mas as camadas provavelmente resultaram em um forte aerofólio.
O estudo, contudo, mostrou que as aves pré-históricas não conseguiam separar suas penas, um indício de que alçar voo e mantê-lo em baixas velocidades eram ações limitadas naquele momento. Assim sendo, essas asas eram usadas principalmente para o isolamento térmico, ou, se necessário, para planar em alta velocidade ou voar com um bater de asas.
Conforme a aerodinâmica e a mecânica ficava mais evidente, as asas das aves começaram a incluir uma camada de penas longas e assimétricas com penas curtas escondidas em cima. Essas penas novas poderiam ser separadas e giradas para que os pássaros conseguissem regular a própria altitude e direção de voo, ou até mesmo flutuar.
O Dr. Nicholas Longrich, da Universidade de Yale complementou: “Ao estudar esses fósseis cuidadosamente, nós agora podemos juntar as peças da evolução das asas. Antes, parecia que nós tínhamos asas mais ou menos modernas do [período] jurássico em diante. Agora, está claro que as primeiras aves foram mais primitivas e representaram formas transicionais ligando as aves aos dinossauros. Nós podemos ver as asas lentamente se tornando mais avançadas quando nós vamos do Anchiornis ao Archaeopteryx e a aves mais recentes”.
Fonte: R7 Ciência