Ministro da Educação critica greve em universidades federais

Paralisação obteve apoio de 43 instituições de ensino superior no país. Mercadante disse que governo cumpriu acordo de 2011 com professores.


 O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou nesta quarta-feira (23) a greve dos professores das universidades federais, deflagrada na última semana. Para o ministro, houve "precipitação" na paralisação, que já obteve o apoio de 43 instituições de ensino superior no país.

Segundo Mercadante, as entidades que representam os docentes articularam a greve apesar de o governo federal ter cumprido integralmente acordo fechado no final de 2011 com a categoria.

"Não vejo por que uma greve neste momento, neste cenário. Estamos negociando uma alteração nas carreiras que terá impacto somente no ano que vem. Por que parar as aulas em maio?", questionou Mercadante.

Os professores cruzaram os braços na última quinta-feira (17) reclamando que o governo havia descumprido a negociação com a categoria. Os docentes pedem reestruturação do plano de carreira e melhores condições de trabalho.
"O apelo que estamos fazendo é para que haja uma recuperação dessa decisão. Cumprimos o acordo e a negociação está em aberto. Essa greve traz prejuízos a 1 milhão de estudantes e o Brasil precisa que eles estudem", defendeu Mercadante.

Atraso
Mercadante argumentou que o atraso na elaboração do novo plano de carreira dos professores se deu por conta da morte do ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento Duvanier Paiva. Em janeiro, o dirigente teve o atendimento recusado em dois hospitais particulares de Brasília por não ter talão de cheques em mãos.

Conforme o ministro, como Paiva concentrava a memória das negociações salariais com o funcionalismo, as articulações com os docentes foi afetada.  "Até encontrarmos um substituto para o secretário, tivemos um certo atraso, que prejudicou a negociação. Mas isso não traz prejuízo material para os docentes, na medida que se tratam de negociações nas carreiras para 2013", explicou o ministro.

Mercadante também reclamou da demora do Congresso em aprovar o reajuste para os professores universitários. De acordo com o ministro, foi preciso o Planalto editar uma medida provisória na última semana para garantir o aumento dos docentes retroativo a março.
 Fonte: http://g1.globo.com/

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