BARRAGENS DE TERRA - HISTÓRIA NO BRASIL E NO MUNDO

As barragens são feitas de forma a acumularem o máximo de água possível, tanto através da chuva como também pela captação da água caudal do rio existente. Faz-se a barragem unindo as duas margens aprisionando a água na albufeira (represa artificial das águas correntes ou pluviais, para irrigação). As barragens são muito importantes para o mundo moderno, pois são elas que permitem que haja água potável canalizada nas grande metrópoles mundiais. Contudo, toda a zona onde a barragem e a sua albufeira se encontram e também a área circundante, nomeadamente a jusante, por onde o rio passava, é afetada. É por esse facto que antes de se construir uma barragem é necessário fazer estudos de impacto ambiental. Dessa forma, a barragem deixa passar um caudal ecológico que tem como função preservar os ecossistemas já existentes no rio e respectivas margens.

HISTÓRIA

HISTÓRIA NO MUNDO
              As barragens foram, desde o início da civilização, fundamentais ao desenvolvimento da espécie humana. A sua construção visava sobretudo a combater a escassez de água no período seco de forma mais ou menos empírica. Em nível mundial, algumas das barragens mais antigas de que há conhecimento situavam-se, por exemplo, no EgiptoMédio Oriente e Índia. Na Índia, apareceram barragens de aterro de perfil homogêneo com descarregadores de cheias para evitar acidentes provocados pelo galgamento das barragens. Com a Revolução Industrial, houve a necessidade de se construir um crescente número de barragens, o que permitiu o progressivo aperfeiçoamento das técnicas de projeto e construção. 

HISTÓRIA NO BRASIL
           O Brasil possui em seu território uma vasta possibilidade de recursos hídrocos e as barragens surgiram em decorrência da necessidade de se usufruir dos benefícios do uso múltiplo desses recursos para a população brasileira. As primeiras barragens construídas foram no Nordeste, a partir de 1887, onde o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) teve um papel importante com a construção de açudes para irrigação, abastecimento de água das cidades e pequenos núcleos populacionais. Essa política, que previa a formação de reservatórios no semi-árido nordestino, teve como uma das principais finalidades a permanência do sertanejo no seu ambiente natural, amenizando os processos migratórios para a Região Sudeste do País. Além da contribuição nos métodos construtivos das barragens, principalmente as de maciços de terra, houve um grande desenvolvimento nas áreas de hidrologia e meteorologia. A SUDENE, dirigida pelo economista Celso Furtado na década de 1960, implementou um plano de desenvolvimento regional embasado em estudos dos recursos naturais, envolvendo mapeamentos pedológicos, águas de superfície e subterrânea, climatologia, hidrologia, piscicultura, entre outras ciências que serviram de suporte para projetos de irrigação e construção de barragens.

RECURSOS HÍDRICOS BRASILEIROS

              O Brasil possui sua maior parte situada no hemisfério sul, desde 4° de latitude norte a 33º de latitude sul e de 40 º a 75º de longitude oeste, compreendendo 8,5x106 km². O País abriga a quinta maior população do mundo. A maior parte dos seus habitantes vive na Região Sudeste, onde as maiores cidades estão localizadas.

              Como o País possuí dimensões tão amplas, há diferentes aspectos naturais tais como, por exemplo, a quantidade e frequência de precipitações, os recursos hídricos, o clima, a geologia, o relevo e a vegetação. O ambiente varia das planícies alagadas da Amazônia Equatorial e do Pantanal ao Planalto Central, da cadeia de montanhas próximas à costa no Sudeste até as planícies do Sul e do Meio Oeste, variando de áreas úmidas ao vasto semi-árido do interior do Nordeste.
         O Brasil ocupa uma posição privilegiada em relação à disponibilidade de recursos hídricos. No mundo, 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e cerca de 5 milhões morrem a cada ano por doenças simples relacionadas à falta de abastecimento.
         Já o Brasil conta com 12% dos recursos hídricos do planeta. Por isso, o volume distribuído por pessoa é 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m3/s por habitante por ano. No entanto, esse recurso vital não chega para todos os brasileiros na mesma quantidade e regularidade.
         As características geográficas de cada região e mudanças de vazão dos rios, que ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano, acabam afetando a distribuição de água no território nacional. Mesmo assim, o volume de recursos hídricos é suficiente para atender 57 vezes a demanda atual do país.

          O consumo humano, na média nacional, equivale a cerca de 1/3 do total de água utilizada no Brasil. Já a irrigação consome 46% dos recursos e as atividades industriais, 18%. 

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